Nesta quarta-feira, 16 de outubro, é comemorado o Dia da Ciência e Tecnologia, duas temáticas que estão intimamente ligadas com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que coincidentemente, é o tema da comemoração em 2019.
É através das inovações trazidas por essas matérias que conseguimos diversos avanços em nossa sociedade, sejam em coisas que parecem pequenas como aplicativos gratuitos que ajudam jovens a estudar para o vestibular ou até mesmo invenções extremamente importantes como máquinas industriais mais sustentáveis. ;
E a ciência a inovação tecnológica podem auxiliar em diversas metas da Agenda 2030, desde aquelas não parecem estar diretamente conectadas com o tema, como a saúde, erradicação da pobreza e educação, até aquelas mais técnicas, como a construção de cidade mais sustentável, criação de energia limpa, na agricultura sustentável e a preservação do meio ambiente como um todo.
“Nós precisamos de uma ciência mais integrada para aperfeiçoar a gestão hídrica, assegurar o uso sustentável dos oceanos, proteger os ecossistemas e a biodiversidade, enfrentar os desastres e a mudança climática, e promover a inovação”, afirmou Irina Bokova, diretora da UNESCO em uma conferência da ONU.
O tão necessário incentivo à pesquisa de ciência e tecnologia
O Brasil atualmente ocupa a 13 posição no quesito quantidade de produção de pesquisas e para isso foram investidos, até 2017, cerca de 70 milhões de reais. E as disparidades entre as regiões do país também podem ser percebidas na produção científica brasileira, já que 99% dessas pesquisas são produzidas na região sul e sudeste, majoritariamente realizadas em universidades públicas, que são frequentadas em grande parte pela parcela mais rica da sociedade.
Para que consigamos atingir todas as metas da Agenda 2030, é extremamente necessário o apoio, tanto financeiro quanto de acesso democrático visando questões sociais e de gênero, dos governos em todos os níveis para viabilizar as pesquisas e inovações que possam ser utilizadas no futuro para construir um futuro mais sustentável.
E foi com o incentivo à pesquisa científica que Taynara Alves, química e empreendedora, criou um produto para lavar os alimentos que é capaz de retirar até 85% de agrotóxicos e metais pesados, ajudando as pessoas a terem uma alimentação mais saudável, e assim, aumentando a sua qualidade de vida.
+ Escute o episódio do Imagine2030 Podcast com a Taynara Alves
Pesquisas que colaboram para os ODS
Além de Taynara, existem diversos pesquisadores que realizaram pesquisas que contribuem direta e indiretamente com a construção do futuro proposto pela Agenda 2030.
Esse foi o caso de Anna Luisa Beserra, que recebeu a premiação da ONU Jovens Campeões da Terra pelo projeto “Aqualuz”, dispositivo que purifica água não-potável usando a luz solar, sem produtos químicos ou filtros descartáveis.
A ciência também apoiou Osmar Malaspina e Roberta Nocelli que coordenam o grupo de trabalho que está tentando descobrir o que acontece com as abelhas brasileiras quando expostas aos agrotóxicos e as consequências dessas substâncias na polinização de outras plantas.
E não são só as ciências exatas que se beneficiam do incentivo à pesquisa, já que as ciências sociais também são de extrema importância para o desenvolvimento do futuro desejado pela Agenda 2030. E uma prova disso foi a pesquisa desenvolvida por Raquel de Oliveira Barreto que tem como foco estudar a velhice em diferentes territórios e entender como as políticas públicas afetam seus modos de vida.
Esses são apenas alguns exemplos de pesquisas científicas e tecnológicas que de alguma forma auxiliam a conquista das metas colocadas pela Agenda da ONU. Existem outras milhares que foram ou estão sendo produzidas que tem um potencial gigante de mudar a realidade na qual vivemos.
Incentive a ciência brasileira e provoque os governantes para que façam o mesmo!